Me cansei de lero-lero

Hoje tive uma grande oportunidade de conhecer "pessoalmente" mais um dos "maravilhosos" programas assistencialistas dos nossos governos. Poderia dizer que hoje visitei um UPA, que até onde me recordo significa Unidade de Pronto Atendimento, mas que de PRONTO e ATENDIMENTO, pouco tem. E alias visitar não é a palavra ideal, pois minha mãe me ensinou a tratar bem as visitas e definitivamente bem tratado eu não fui.
Entrei com dor na barriga e sai de lá com angustia no peito, é muito triste ver como a nossa saúde é tratada pior que lixo, pois em alguns lugares do mundo o lixo é muito mais bem tratado do que nós em nossos UPAs e Hospitais aqui no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro.
Eu me pergunto, como nosso futuro prefeito, recentemente eleito, pode se orgulhar tanto de um programa com tantas falhas? Será orgulho mesmo?
O negócio até que é bonitinho por fora, o clima do lado de dentro e arejado, o ar condicionado funciona bem, o sistema de fila é "inteligente", mas vamos lá, o que eu realmente preciso quando chego em um lugar, buscando atendimento médico, sentindo dor? A resposta obvia seria: ser atendido. Mas é ai onde começam os problemas.
Cheguei ao UPA as 14h fui atendido as 17h e só sai de lá, entre exames e mais espera, as 20 30h.
A dor que cheguei sentindo, quando sai não me acompanhava mais é verdade, mas tenho certeza que ela continua aqui comigo, apenas escondida por um Buscopan na veia, e com a seguinte recomendação: "Se amanhã a dor voltar procure um hospital, pois lá eles terão mais recursos para atende-lo". Traduzindo: "Olha quando o efeito do remédio passar, vá no hospital encare mais 3 horas de fila, se você resistir a fila é capaz de resistir a qualquer coisa!"


Meio Hermínio, porque metade de mim é o que dói e a outra metade eu não sei.